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Proteção e Defesa Civil intensifica ações e reforça segurança no transporte de produtos perigosos em SC
Balanço de 2024-2025 aponta 43 ocorrências em 30 municípios, a maior parte no transporte rodoviário, e destaca os investimentos em prevenção e resposta rápida
Redação RWTV - Alto Vale

A Secretaria da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SPDC/SC) vem fortalecendo o trabalho de prevenção e resposta a emergências envolvendo produtos perigosos em todo o estado. Por meio da Gerência de Produtos Perigosos (GEPPE), a Secretaria intensificou as operações conjuntas com a Polícia Militar Rodoviária, a Polícia Rodoviária Federal e diversos órgãos parceiros, ampliando o monitoramento do transporte rodoviário e industrial e garantindo uma atuação mais rápida, segura e coordenada.
“Estamos investindo fortemente em equipamentos de contenção e na formação técnica dos profissionais, com cursos e treinamentos específicos para lidar com substâncias inflamáveis, corrosivas e gases tóxicos. Cada servidor preparado representa uma comunidade mais protegida”, destaca o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, Mário Hildebrandt.
Segundo o balanço da SPDC/SC, entre 2024 e 2025 foram registradas 43 ocorrências envolvendo produtos perigosos em 30 municípios catarinenses. A maior parte dos casos ocorreu no transporte rodoviário, e a resposta rápida das equipes contribuiu para minimizar riscos e preservar o meio ambiente. As ocorrências, registradas até 29 de outubro, foram acompanhadas pela Gerência de Produtos Perigosos (GEPPE).
De acordo com o levantamento, a maioria dessas ocorrências foi de pequenos vazamentos (menos de 2.000 litros), 8 grandes (mais de 2.000 litros), 4 médios (até 2.000 litros) e 12 não tiveram registro de vazamento significativo. Quanto aos produtos envolvidos, a maior parte das ocorrências relaciona-se a classe 3 (líquidos inflamáveis), seguida pelas classes 2 (gases) e 8 (corrosivos).
Entre os motoristas envolvidos, 71,4% possuem Curso de Especialização para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos (CETPP), enquanto 5,7% não tinham o curso especializado. A duração média das ocorrências foi de 22 horas e, geograficamente, os casos se concentraram na Grande Florianópolis e no Norte catarinense, com exemplos recentes em Paulo Lopes, Palhoça e Presidente Nereu.
Atuação da Gerência de Produtos Perigosos
A atuação da Gerência de Produtos Perigosos (GEPPE) vai muito além do atendimento a incidentes. “Nosso objetivo é reduzir riscos, treinar equipes qualificadas, promover maior articulação integrada das instituições e garantir que cada ocorrência seja conduzida com segurança e eficiência, protegendo tanto as pessoas quanto o meio ambiente”, explica o gerente de Produtos Perigosos, Ten Cel PM Davi.
A Gerência também é responsável por coordenar os trabalhos da Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos (CE-P2R2), composta por 42 órgãos e entidades homologadas pela SPDC. Em 2025, a Comissão já realizou duas reuniões presenciais e uma extraordinária, com o objetivo de alinhar ações e aprimorar a gestão de risco em todo o estado.
No âmbito da fiscalização, a GEPPE participou de 34 operações em postos da Polícia Militar Rodoviária e da Polícia Rodoviária Federal, monitorando o transporte rodoviário de produtos perigosos. Além disso, a gerência acompanhou a inspeção na malha ferroviária promovida pela ANTT, em trechos que transportam produtos perigosos entre Mafra e Lages.


