Candidato à presidência dos EUA promete banir TikTok se for eleito
Em meio a preocupações bipartidárias sobre a segurança do aplicativo chinês de compartilhamento de vídeos TikTok, o candidato republicano à presidência dos EUA, Ron DeSantis, declarou que consideraria banir nacionalmente o TikTok, caso seja eleito. A medida, que visa proteger os Estados Unidos de possíveis vulnerabilidades, representa mais um capítulo no debate sobre a relação entre tecnologia, privacidade e relações internacionais.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, expressou sua preocupação com o TikTok, de propriedade chinesa, afirmando ao The Wall Street Journal que não gostaria de ver o aplicativo operando nos Estados Unidos, pois acredita que isso cria uma vulnerabilidade de segurança significativa. DeSantis também destacou a questão da mineração excessiva de dados realizada pelo aplicativo.
“Estou inclinado a não querer o TikTok nos Estados Unidos“, disse o governador. “Acho que está criando uma vulnerabilidade de segurança para nós. Acho que eles estão extraindo muitos dados.”
Entretanto, o candidato republicano enfatizou que não apoiaria uma abordagem extrema, como a do RESTRICT Act, um projeto de lei bipartidário que visa conceder ao governo federal mais poder para regular e banir tecnologias relacionadas a adversários estrangeiros, como o TikTok.
“Não desejo que o Grande Irmão esteja monitorando os aplicativos de todos“, afirmou DeSantis ao Journal. “Nossa preocupação é com as vulnerabilidades para nosso país.”
No início deste ano, o governador da Flórida já havia assinado uma lei que proíbe o uso do TikTok em servidores e dispositivos governamentais e escolares no estado, como parte de um conjunto de legislações destinadas a “restringir a influência” do Partido Comunista Chinês (PCC) na Flórida.
Em maio, durante uma coletiva de imprensa sobre a nova legislação, DeSantis declarou: “Achamos que qualquer utilidade que esses aplicativos tenham é claramente superada pelos benefícios que o PCC obtém ao minerar dados e coletar informações.”
Preocupação de parte do ocidente
A postura de DeSantis em relação ao TikTok reflete as preocupações cada vez maiores nos EUA e em outros países ocidentais sobre o controle chinês sobre a tecnologia e o possível uso malicioso de dados pessoais. Essas preocupações alimentaram debates sobre a proteção da privacidade dos usuários e a segurança nacional.
O TikTok, com sua base de usuários em crescimento, tornou-se um fenômeno cultural, mas também enfrentou acusações de compartilhar dados com o governo chinês e de censurar conteúdo que desagrada a Pequim. Essas alegações geraram inquietação entre líderes políticos nos Estados Unidos, que enxergam a influência chinesa no aplicativo como uma possível ameaça à segurança e soberania do país.
Embora o banimento nacional do TikTok seja uma questão complexa que envolve diversas considerações jurídicas, tecnológicas e diplomáticas, a posição de DeSantis é um reflexo das tensões crescentes entre as nações no cenário da ciberguerra e das preocupações com a segurança cibernética.
À medida que as eleições se aproximam, é provável que questões como essa continuem a ser debatidas e discutidas não apenas nos EUA, mas em todo o mundo. A relação entre tecnologia e segurança está se tornando uma pauta crucial no cenário geopolítico moderno, e a posição de DeSantis sobre o TikTok é apenas um dos aspectos desse complexo panorama.
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