Você sabia? Emoji nasceu de tragédia e enriqueceu fundador

Chad Mureta, é um milionário da tecnologia
Você sabia? Emoji nasceu de tragédia e enriqueceu fundador
BBC News


“Eu não sou uma pessoa de tecnologia.”

Isso não é exatamente o que você espera ouvir de um milionário do mundo da tecnologia.

É ainda mais estranho quando você percebe que a pessoa dizendo isso, Chad Mureta, é um milionário da tecnologia típico.

Mureta construiu sua fortuna fazendo apps. Suas invenções incluem o Emoji (que ajuda usuários a mandar mensagens com uma grande variedade de imagens) e o Fingerprint Scanner Pro, um aplicativo de segurança que já foi baixado mais de 50 milhões de vezes.

Sua empresa, a App Empire, tem uma receita anual entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões.

Mas, em outros quesitos, ele não é mesmo um empreendedor de tecnologia típico: precisou estar perto da morte para encontrar seu caminho.

Em 2009, depois de um jogo de basquete, ele dirigia seu carro de volta para casa. As coisas não estavam dando certo: ele vendia coisas no eBay, também negociava ações e dirigia uma boate. Ele também trabalhava como corretor. E estava profundamente infeliz, sem saber o que fazer com a sua vida.

Na estrada, um cervo cruzou seu caminho. Ele desviou seu carro do animal e acabou se chocando contra um muro. O veículo capotou quatro vezes antes de parar.

O braço esquerdo de Chad ficou em pedaços. No hospital, os médicos quase o amputaram.

Suicida

Passou seis meses em um hospital e outros seis meses em processo de reabilitação, com uma dívida hospitalar de nada menos do que US$ 100 mil.

“Eu estava no fundo do poço. Muito deprimido, não conseguia dormir, tomava toneladas de remédio – e, na verdade, estava em estado suicida. Sentia tanta dor que achava que não podia mais continuar.”

Tempo

Mas ele tinha uma commodity preciosa enquanto se recuperava: tempo.

“Eu sentava e ia olhando todos os apps. Me perguntava o porquê de um cliente ter gostado daquele aplicativo. Isso me deu uma vantagem competitiva para fazer com que tudo saísse do papel.”

Além disso, um dos médicos tinha um primo na Índia que estava entrando no ramo de desenvolvimento de aplicativos. Chad então arriscou, tomou emprestado US$ 1.800 de seu padrasto e apostou em sua ideia.

Dois meses depois, o Fingerprint Security Pro estava na loja de aplicativos.

O app não oferece nenhuma segurança real – é só um dispositivo que finge ler a impressão digital para acessar o celular e negar acesso ao telefone, com um botão no topo superior. Os usuários amaram. No primeiro mês, o app rendeu US$ 12 mil. E Chad havia encontrado seu caminho.

Nesses três anos após o acidente, Chad, que agora tem 34 anos, criou e vendeu três empresas de aplicativos, comercializando mais de 50 apps.

A App Empire, sua empresa atual, dá lucro ao ensinar outros a criar e desenvolver seus próprios apps.

Uma das razões pelas quais a empresa tem sido tão bem-sucedida, Chad explica, é porque ele só faz o que ele é realmente bom, delegando o restante para sua equipe.

Ele confia em uma equipe de freelancers e em um pequeno grupo de funcionários fixos.

Chad diz que ele mesmo não é muito “mão na massa”.

“Eu trabalho uma ou duas horas por dia no App Empire. Só me certifico de que as coisas estão se encaminhando tranquilamente.”

É por isso que Chad diz que ele não é um cara típico do mundo da tecnologia. Ele não sabe programar. Mas ele sabe lançar um app de sucesso.

Para ele, não é um problema falar de detalhes do acidente traumático que sofreu. Isso porque ele percebeu que sua recuperação inspira outras pessoas em situações similares.

E apesar de seu braço nunca mais voltar a ser funcional como antes, Chad manteve-o.

 



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