Professora do Alto Vale é demitida após afirmações de que Bolsonaro havia mandado matar Marielle Franco

Professora do Alto Vale é demitida após afirmações de que Bolsonaro havia mandado matar Marielle Franco


No início dessa semana os olhares de todo o Brasil se voltaram para a capital do Alto Vale, isso porque uma professora da disciplina de Redação de um colégio particular de Rio do Sul afirmou durante aula on-line que o atual presidente Jair Messias Bolsonaro havia mandado matar a socióloga e política Marielle Franco. Passados quase uma semana após a declaração a Instituição de Ensino confirmou a demissão da educadora. As informações são do Diário do Alto Vale.

Durante uma aula on-line sobre violência política a professora explica a diferença entre os tipos de violência. No vídeo ela afirma que a violência política é praticada por políticos e exemplifica com o caso que aconteceu com o atual presidente quando foi vítima de uma facada no abdômen durante um comício na cidade de Juiz de Fora em 6 de setembro de 2018. O caso é citado para explicar que não se trataria de violência política pois foi um cidadão comum que desferiu o golpe. Mais adiante a professora afirma que Marielle Franco foi assassinada a mando de Bolsonaro. “Agora o que Bolsonaro armou para matar Marielle Franco, ele sendo um político matando uma outra política, isso sim é uma violência política” afirmou na aula.

No último domingo (8) a Instituição de Ensino havia divulgado nota na qual afirmava que a conduta da professora seria apurada. “A Direção do Colégio COC Rio do Sul, vem esclarecer aos alunos, pais e comunidade em geral, os fatos ocorridos em uma aula virtual ministrada pela professora Tanay Gonçalves na disciplina de Redação, divulgada hoje em diversas redes sociais. Imediatamente após a Direção e a Coordenação tomarem conhecimento, foram iniciados os procedimentos internos cabíveis, os quais estão em andamento neste momento e visam apurar a conduta da docente e eventuais medidas necessárias”, diz a nota.

Na manhã dessa quarta-feira (11) a Instituição foi procurada pela reportagem e confirmou a demissão da professora mas não quis conceder entrevista sobre o caso e nem encaminhou uma nova nota.

Em carta de retratação divulgada nas redes sociais a educadora lamentou o ocorrido. “Claramente o trecho, retirado de contexto, faz grave acusação e imputa crime sem comprovação, do caso Marielle ao Bolsonaro”.

A professora ainda ressalta que o ambiente educacional não pode e não deve ser nada além da transmissão do conhecimento de forma escorreita e imparcial. “Peço desculpas pela errada colocação verbal, por não ter deixado de forma clara que era uma hipótese, ainda assim pouco provável, e por trazer para dentro da cátedra a polêmica ideológica que assola a civilidade, a democracia, o bom senso”, diz o documento.



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