Preço do pão aumentou quase 17% no último ano, segundo o IBGE
Com alta duas vezes maior do que a inflação acumulada dos últimos 12 meses, o pão francês está mais caro e pesa cada vez mais no bolso do capixaba. Esse alimento comum no café da manhã teve alta de quase 17% em um ano, revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta dos preços no setor de panificação não ficou restrito a apenas ao pão de sal, infelizmente. A pesquisa aponta também que outros produtos do setor, especialmente aqueles que dependem do trigo, tiveram alta de 18%, em média.
Os consumidores, os mais afetados pelo aumento dos preços, sentem esses aumentos na conta do fim do mês.
Como o Brasil não é autossuficiente na produção de trigo, precisa comprar no exterior. Como o dólar também está alto, encarece ainda mais o produto. E esse custo é repassado para toda a cadeia, chegando até o consumidor final.
Uma nota divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que o trigo, matéria-prima do pão francês, foi o cereal que mais sofreu interferências com a guerra entre Ucrânia e Rússia.
A nota ainda aponta que no mês último de março, os preços do trigo no Brasil atingiram a máxima nominal histórica da série do Cepea, iniciada em 2004.
No início do confronto no leste europeu, os portos ucranianos estavam fechados e diversos navios graneleiros foram impedidos de zarpar, afetando o abastecimento de trigo em diversas partes do mundo.
Fonte: Folha Vitoria
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