Polícia Civil recebe denúncia de estupro dentro de hospital em Lages

Polícia Civil recebe denúncia de estupro dentro de hospital em Lages
Foto: Susana Küster/ Correio Lageano


A Delegacia Regional de Polícia de Lages, na Serra Catarinense, recebeu uma denúncia sobre um estupro que teria sido cometido por um enfermeiro contra uma paciente internada no Hospital e Maternidade Tereza Ramos (HTMR). O caso ocorreu na madrugada desta quinta-feira (23), e a unidade de saúde registrou um boletim de ocorrência.

À reportagem da Rádio Clube de Lages, a mulher relatou que estava internada com uma doença pulmonar. Na noite do caso, o enfermeiro teria agido de forma invasiva durante o atendimento e dado uma medicação diferente à paciente.

“Ele perguntou sobre as minhas genitais, coisas que as enfermeiras nunca tinham perguntado para mim. Eu estava de camisola e ele me olhava muito. Não me senti bem e coloquei um calção por baixo da camisola. O último remédio que tomava para dormir, o Diazepam, que era de praxe todos os dias às 22h30min, eram elas que me davam. Nesse dia ele disse para mim, ‘vai ter outro remedinho’, e eu perguntei o porquê de outro medicamento. Ele respondeu que era para eu ficar calma, que era um calmante porque eu teria um exame no outro dia”, contou a mulher.

De acordo com a paciente, após ingerir a nova medicação, um “copo marrom com metade de líquido”, ela teria ficado sedada. A mulher afirma que percebeu as movimentações e toques que o profissional realizou em seu corpo, inclusive a machucando.

“Depois disso não me lembro mais, a única coisa que me lembro, é que eu estava sob o efeito do remédio, mas consciente de tudo que ele estava fazendo comigo. O meu subconsciente acordou com ele me puxando para fora da cama, o meu bumbum, e cometendo aqueles atos, passando a mão, passando outras coisas, inclusive, colocando os dedos. E eu sob o efeito do remédio sem poder gritar, nem fazer nada, sentindo tudo. Ele estava me machucando”, disse.

A ação do enfermeiro teria ocorrido pelo menos duas vezes, conforme contou a mulher. Pela manhã, a vítima percebeu que suas vestes estavam de forma diferentes e relatou a uma enfermeira o ocorrido.

“Ele fez isso duas vezes, ele cometeu isso, saiu do quarto e voltou novamente a fazer isso comigo de novo. Do mesmo jeito que ele fez comigo, ele me deixou, só jogou a coberta por cima de mim e pronto. Me acordei desesperada, umas 5 ou 6 horas da manhã, veio uma enfermeira muito querida. Fui olhar o lado da minha cama e as minhas partes íntimas, e realmente o calção e a calcinha estavam arredados. Quando contei para a enfermeira eles não deixaram chamar a polícia na hora, mas as meninas, em si, me trataram muito bem, tomaram a minha dor, foram pessoas responsáveis comigo, inclusive a direção do hospital”, relatou a paciente.

Ainda na manhã do dia em que teria acontecido o abuso sexual, a mulher afirma que a diretora-geral do Hospital e Materinidade Tereza Ramos, Cristina Subtil, acionou a Polícia Civil para realizar uma perícia.

“A doutora Subtil, diretora do hospital, conversou comigo e tomou minha dor e chorou. Ela ligou particularmente para a delegada e para a perícia. Fiz a perícia no quarto, eles recolheram as minhas roupas de cama, tudo imediatamente. A delegada falou comigo e recolheu meu depoimento em gravação. O hospital me deu toda a assistência, fizeram todos os exames, e me mandaram para casa”, contou.



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