Faleceu a escritora taioense Lisete Jacobsen Hosang

Redação RWTV - Alto Vale

Por Wanderlei Salvador
No silêncio que se segue à perda, a Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina, Seccional de Taió, se une em luto, mas também em reverência à memória de uma de suas fundadoras, a escritora Lisete Jacobsen Hosang.
Filha de Bertoldo Jacobsen e Leonila Uhlmann, Lisete não foi apenas uma testemunha do tempo, mas uma guardiã e cronista de sua passagem. Ao escolher o ilustre poeta e ensaísta Ledo Ivo como patrono de sua cadeira, Lisete Jacobsen Hosang já demonstrava a magnitude de sua erudição e o refinamento de seu espírito. Sua obra é um espelho de sua alma inquisitiva, dedicada à pesquisa histórica regional com uma profundidade rara. Ela teceu a tapeçaria da memória de Taió e de toda a região, resgatando fatos e tradições que poderiam ter sido perdidos no véu do esquecimento.
Sua dedicação era uma vigília incansável, um olhar atento aos costumes, às histórias de família e às nuances da vida cotidiana que moldaram a identidade de um povo.
Seus escritos não apenas registram o passado; eles o revitalizam, permitindo que as gerações futuras se conectem com suas raízes.Além de seu legado intelectual, Lisete Hosang foi matriarca de uma família que segue sua jornada, vai se juntar novamente na eternidade com o esposo Mauro Hosang, deixando enlutadas as filhas Karina e Maruza e os netos. Na academia de letras, atingiu a imortalidade, e no mundo das letras, não se mede pela ausência de morte, mas pela perenidade de uma obra. Hoje, não choramos o fim de uma vida, mas celebramos o legado eterno de uma das mais brilhantes mentes de nosso tempo.

A caneta que outrora traçou mundos, deu voz a personagens e imortalizou sentimentos, agora repousa, mas as palavras que fluíram dela continuam a ressoar, mais vivas do que nunca.Uma escritora imortal não é apenas aquela que ocupa uma cadeira em uma academia; é aquela que, com a força de sua palavra, transcende o efêmero e se instala no coração de seus leitores. Ela nos fez sonhar, refletir e, acima de tudo, sentir. Sua partida é como o fechamento de um livro que amamos, deixando-nos com a saudade de novas histórias, mas com a gratidão por cada página que nos foi oferecida.
Que sua obra seja a mais sincera homenagem. E que a sua imortalidade seja a certeza de que a beleza e a profundidade de seus escritos continuarão a inspirar e a iluminar o caminho de todos aqueles que buscam refúgio e sentido na literatura.Sua voz se calou, mas seu eco será eterno.
Hoje, não nos despedimos apenas de uma escritora, mas de uma verdadeira dama de letras, cuja influência perdurará nas páginas da história que ela tão diligentemente escreveu. Que sua memória seja uma inspiração constante para todos que buscam a verdade e a beleza nas raízes de sua terra.
"Requiescat in pace, et anima eius inveniat aeternam requiem et requiescat ad latus Creatoris."
Seu corpo será velado na Capela Evangélica de Taió, a partir do meio-dia de desta quarta-feira, com celebração em sua memória nesta quinta-feira (11), às 9h, seguindo logo após para sepultamento no Cemitério Evangélico Luterano.

