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Baixa remuneração do arroz provoca pedido de apoio por preço justo e compra de estoques

Redação RWTV - Alto Vale


A baixa remuneração a produtores de arroz na safra em curso levou o deputado Rodrigo Minotto (PDT) a fazer apelos, na tribuna, ao Ministério da Agricultura e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para que garantam ações com a compra da produção para formação de estoques reguladores.
Ele destaca que os preços de mercado estão “colados” aos custos de produção, ameaçando a cadeia produtiva da rizicultura, e disse que tem recebido representantes de cooperativas e federações ligadas aos produtores, que alertam para os riscos de colapso na atividade.
Minotto disse que a saca de 50 quilos iniciou a colheita com remuneração de R$ 65 e já está valendo apenas R$ 58. Em sua opinião, o preço justo deveria estar entre R$ 80 e R$ 85. Ele atribui a crise à concorrência de arroz importado, inclusive de países fora do Mercosul, e lembra que a tradicional atividade, em especial na região sul catarinense, pode ser seriamente desestimulada. “O agricultor não busca privilégios, mas justiça. Quer a segurança para quem planta o alimento que chega à mesa do povo brasileiro”, argumenta o deputado.
A solução, aponta, é ampliar as reservas de estoques reguladores da Conab, que já paga R$ 73 pela saca de arroz. Mas a dificuldade está na garantia de cotas de compra da produção catarinense.
O tema mereceu elogios do deputado José Milton Scheffer(PP), para quem a atual crise pode “levar à falência um número grande de produtores”. Ele lembrou que em safras passadas, o arroz valia bem mais, a saca chegou a ser comercializada a R$ 120. “Isso está tirando o sono do produtor, mas não é só o produtor que vai perder, mas toda a cadeia do arroz”, ele reforçou.

