Há 37 anos, enchente no Vale do Itajaí matou 49 pessoas

Há 37 anos, enchente no Vale do Itajaí matou 49 pessoas


Julho de 1983. Há exatos 37 anos, o inverno chegava com força em Santa Catarina. Com ele a chuva que insistia em cair desde o fim de junho. Os dias passavam e a água deixava o leito do rio Itajaí-Açu para invadir as ruas, arrastando tudo pela frente.

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Era o começo de uma das maiores tragédias naturais vivida pelos catarinenses. A enchente de 1983 atingiu 135 cidades de Santa Catarina. Foram 198 mil desabrigados, pelo menos 49 mortos (não há um número oficial) e 32 dias de isolamento total. As cidades mais atingidas foram Rio do Sul, Blumenau e Itajaí.

Em 8 de julho, o Estado decretou situação de calamidade pública. A chuva ininterrupta fez com que os catarinenses aprendessem a olhar para o céu de um jeito diferente: com medo de que as previsões de uma grande enchente estivessem certas. E o que foi suposto por meteorologistas se cumpriu mais rápido do que se esperava. No dia 9, o rio Itajaí-Açu bateu recorde histórico, com 15,34 metros acima do leito.

Mais do que números da tragédia, a enchente de 1983 é um marco para quem foi personagem dos dias de total isolamento. As estradas se transformaram no curso de um rio imenso, onde as margens quase não podiam ser vistas.

Comida, remédios e roupas chegaram aos montes, mas só podiam ser distribuídos por helicópteros. A FAB (Força Aérea Brasileira), que atuou durante todo o resgate, sobrevoou por 1.320 horas, transportando 3.889 pessoas.

Quem mora nas cidades do Vale do Itajaí tem alguma história para contar sobre a tragédia. A cada chuva, o povo teme que a cena de uma nova enchente devastadora se repita. Até mesmo quem não era nascido na época, certamente ouviu do pai, mãe ou avós sobre como foi sobreviver aos dias de cheia.

Seja pela rapidez assustadora da água que invadiu casas, sem dar tempo de resgatar qualquer recordação ou documento preservado por uma vida inteira, ou pelo orgulho em ter reconstruído as cidades em poucos dias. Em meio à lama e à sujeira deixada pela água barrenta, Santa Catarina ressurgiu em tempo recorde. Em Blumenau, por exemplo, foram necessários dez dias para que lojas reabrissem as portas.

Fonte: ND+



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