“Faz tempo que sem-terra não invade”: veja o que Lula disse sobre os atos do MST

“Faz tempo que sem-terra não invade”: veja o que Lula disse sobre os atos do MST
Foto: Ricardo Stuckert / PR


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ignorou ações do Movimento dos Sem Terra (MST) durante seu terceiro mandato e afirmou nesta segunda-feira, 1º, que não há registro de invasões de propriedades rurais do País recentemente. O presidente Lula anunciou investimentos durante a passagem na Bahia.

“Faz tempo que sem-terra não invade terra neste País”, disse o petista em entrevista à Rádio Princesa, de Feira de Santana, na Bahia. Para Lula, “os sem-terra fizeram uma opção de se transformar em pequenos produtores altamente produtivos”.

Em sua fala o presidente ignorou ação anual do MST, o chamado Abril Vermelho, em 2024. Há três meses, como mostrou o Estadão/Broadcast, o movimento mobilizou um contingente de invasões pelo País que, no ápice, alcançou 60 propriedades, em 18 Estados diferentes. A organização reivindicou assentamentos e reforma agrária nas áreas que classificava como improdutivas. O MST chegou a invadir até mesmo uma propriedade da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), e uma segunda área da Codevasf, utilizada pela Embrapa também em Petrolina. Na ocasião, a Embrapa afirmou que as áreas invadidas são destinadas para pesquisa e preservação do bioma Caatinga.

O Abril Vermelho acontece desde 1997 e é realizado em memória ao episódio conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás – em 17 de abril de 1996, 21 membros do MST foram mortos durante uma operação de desobstrução de uma rodovia na cidade paraense.

‘Tranquila’

Na entrevista, Lula afirmou que, durante seus mandatos anteriores, empreendeu uma reforma agrária “pacífica e muito tranquila”, “sem nenhuma violência”. “Nós temos uma Constituição que define como é feita a reforma agrária”, disse o presidente.

Em 2004, porém, durante o primeiro mandato do petista, cinco militantes do MST foram mortos por homens encapuzados no acampamento Terra Prometida, em Felisburgo (MG). O fazendeiro Adriano Chafik Luedy, dono da propriedade invadida, foi acusado de ser o mandante da chacina.

Há cerca de um mês, aproximadamente 30 integrantes do MST vandalizaram a sede do PL, em São Paulo. Eles utilizaram tinta vermelha, lama e ovos para atacar a sede do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 5 de junho. O PL registrou um boletim de ocorrência. Segundo o próprio MST em seu site oficial, a ação “teve o objetivo de denunciar a atuação do partido e de outras siglas da direita na aprovação do ‘Pacote da Destruição’, conjunto de leis que buscam flexibilizar a legislação ambiental”.

Por SCC10.



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