A espécie da cobra coral que picou um menino de 6 anos em Nova Trento, na Grande Florianópolis, na segunda-feira (09), é considerada a mais venenosa do Brasil, mas não costuma dar bote. No entanto, ela pode ferir ao se sentir ameaçada. Além disso, segundo o biólogo Gilberto Ademar Duwe, os acidentes normalmente acontecem com crianças, pois elas “ficam curiosas pela cor que o animal apresenta”.

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Segundo os bombeiros, o menino sofreu o ferimento provocado pela cobra ao manusear uma caixa em casa. Segundo os bombeiros, o quadro de saúde do menino era estável. Após ser resgatado, ele foi levado de helicóptero para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital.

A transferência foi necessária devido à periculosidade do veneno do animal, informaram os socorristas. O g1 SC procurou a unidade de saúde para onde o menino foi levado nesta terça-feira (10), mas não teve atualização sobre o estado de saúde dele até as 10h30.

Conforme o biólogo Duwe, que trabalha na Fundação Jaguarense de Meio Ambiente (Fujama), apesar de ser peçonhenta, essa espécie de cobra é responsável por menos de 1% dos acidentes domésticos que ocorrem com serpentes . Isso ocorre pois ela tende a fugir quando se sente ameaçada. No entanto, quando a tocam ou a pegam, os riscos de acidente aumentam.

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“Geralmente, quando é com criança, elas ficam curiosas com o animal, pois ela [serpente] tem uma cor bem forte, é bem colorida, e chama a atenção. A criança vê e acha que é um brinquedo, quer pegar, o que acaba acontecendo o acidente”, explicou.

Conforme o Duwe, apesar do medo, cobras dessa e de outras espécies devem ser preservadas. Além de ser crime matar um animal sivestre, o especialista explica que eles possuem relevância ecológica.

O que fazer em caso de picada de cobra?

• Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. O torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação;
• não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;
• o local da picada deve ser lavado com água e sabão;
• a vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;
• é importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível) pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.

Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. Segundo o biólogo Christian Raboch, o torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação. Confira algumas dicas:​

É importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível), pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.

Onde ligar

Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190). Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo.

Fonte: G1 SC