Criada em 4 de fevereiro de 1994 por Zuckerberg e alguns colegas de universidade como TheFacebook (inspirada nos clássicos anuários de fotos dos estudantes americanos), a rede surgiu como exclusiva para alunos de Harvard.
No ano seguinte, perdeu o “The” e passou a aceitar como usuário qualquer internauta com mais de 13 anos. Hoje, segue como a rede social mais relevante do planeta, com 3 bilhões de usuários ativos mensais. Isso sem contar os 2 bilhões do Instagram e os outros 2 bilhões do WhatsApp, do mesmo grupo — os rivais YouTube e TikTok têm respectivamente 2,5 bilhões e 1,2 bilhão de usuários.
Mas, ao iniciar sua terceira década, o Face vê a concorrência ascender rapidamente e tem o desafio de capturar quem já nasceu em um mundo conectado.
No Brasil, o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) indica que o TikTok é a rede mais acessada por usuários entre 9 e 17 anos — para 34% deles é a plataforma principal. Nos EUA, o app de origem chinesa e o YouTube, do Google, são os primeiros em frequência de acesso por adolescentes de 13 a 17 anos, diz o Pew Research Center.
“Já faz algum tempo que o Facebook não tem mais a mesma predominância cultural que tinha”, diz Francisco Cruz, diretor executivo do InterLab. “Redes sociais precisam ter a capacidade de capturar momentos icônicos de uma época e, mais importante, o espírito do tempo.”
Em 2020, o TikTok virou o primeiro rival a incomodar os apps da Meta, a empresa resultante do Facebook que hoje é um conglomerado de redes sociais. No ano seguinte, o TikTok se tornou a marca de rede social mais valiosa do mundo, segundo a consultoria Brand Finance, avaliada em US$ 65,7 bilhões, contra US$ 59 bilhões do Face. Naquele ano, a empresa dona do Facebook mudou seu nome para Meta, tentando melhorar sua imagem após controvérsias e mirando num novo negócio.