Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil mostra que cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, enquanto mais de 35 milhões vivem sem água tratada em todo o país. O estudo, divulgado nesta terça-feira (22), engloba informações dos 100 municípios mais populosos, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira.

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De acordo com os dados, a cobertura de água tratada registrou aumento de 93,5% para 94,4% entre os anos de 2019 e 2020, bem como a população com acesso à coleta de esgoto, que passou de 74,5% para 75,7%. O número, no entanto, ainda é baixo, uma vez que a perda de água na distribuição aumentou de 35,7% para 36,3%.

Entre os municípios brasileiros, Macapá, capital do Amapá, lidera o ranking de pior localidade com acesso a saneamento básico. O município é seguido por Porto Velho (RO), Santarém (PA), Rio Branco (AC), Belém (PA) e Ananindeua (PA), todos na região Norte do país.

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Por outro lado, entre as seis cidades que têm os melhores índices, quatro são do Estado de São Paulo. A lista é puxada por Santos, no litoral paulista, à frente de Uberlândia (MG), São José dos Pinhais (PR), São Paulo (SP), Franca (SP) e Limeira (SP).

Uma das principais correlações que o estudo estabelece é que, quanto mais investimentos são feitos no setor do saneamento, melhores são os serviços e os indicadores. Na prática, os pesquisadores observaram que, entre as melhores cidades, o investimento é de R$ 135,24 por pessoa, enquanto nas piores, o valor chega a R$ 48,90.

Historicamente, as piores posições do Ranking do Saneamento Básico, divulgados desde 2009, são ocupadas por municípios da região Norte, Nordeste e pelo estado do Rio de Janeiro. Também há uma predominância de cidades do Paraná, São Paulo e Minas Gerais nas melhores posições.

Fonte: SCC10